Casamento, planejamento e orçamento rimam?!

A sociedade contemporânea caminha cada vez mais para a igualdade de tratamento entre homens e mulheres e ambos têm buscado se qualificar e se preparar melhor para o mercado de trabalho, o que leva a um adiamento maior da decisão de se casar. Assim como quando solteiros se planejam financeiramente para obter maior qualificação, eles devem se planejar para a vida financeira a dois, antes e após o casamento.

Ao se olhar as estatísticas de casamentos divulgadas pelo IBGE, verifica-se que o número de casamentos está aumentando, embora o prazo médio das uniões esteja diminuindo. A idade mediana dos homens que se casam aumentou de 26 para 28 anos entre 2002 e 2012, enquanto a das mulheres passou de 23 para 25 anos. Como estou a pouco mais de seis meses do casamento, fiquei particularmente interessado pelo tema e pela importância dos preparativos, especialmente financeiros, para o futuro dos casais.

A semente da harmonia financeira do casal tende a ser plantada quando se decide os preparativos para a celebração do casamento. Nesse momento, será fundamental a participação dos dois para decidir a realização ou não de cerimônia, os recursos para cobrir os gastos do casamento, tipo e montante de gastos envolvidos, o regime de bens do casal, além de vários outros detalhes.

Como sabemos, o dinheiro existe para permitir que nossos sonhos tornem-se realidade. No entanto, antes do dinheiro vem o planejamento. Sem ele, dificilmente o dinheiro tende a ser poupado para a realização dos sonhos.

O planejamento financeiro para o casamento inicialmente envolve a resposta a perguntas básicas como:

  1. Quais são as prioridades do casal para o futuro?
  2. Qual o valor que o casal está disposto a empenhar na cerimônia de casamento?
  3. De onde virão os recursos para custear os gastos da cerimônia?
  4. Será necessária a constituição de uma poupança do casal ou vai se contrair empréstimo e pagar juros para custear o casamento?
  5. Qual a capacidade de poupança de cada membro do casal? A contribuição de cada um para a poupança do casal é adequada?

A resposta à quarta pergunta é fundamental para a saúde financeira do casal. Como dito em posts anteriores, pessoas conscientes financeiramente reservam recursos para a realização dos sonhos. Por isso, o recomendável é poupar até mesmo para poder barganhar descontos na hora dos pagamentos.

A resposta ao último tópico demanda a criação de dois planejamentos diferentes. O primeiro se assemelha ao orçamento mensal, no entanto ele deve cobrir um intervalo de tempo grande o suficiente para permitir que a poupança a ser gerada cubra os gastos do casamento. O segundo planejamento contempla a estimativa aproximada de gastos para o casamento desejado.

Comparando os dois planejamentos, das poupanças futuras com o de gastos previstos do casamento, o casal poderá ajustar quanto tempo poupar, como poupar, quanto e em que gastar.

O processo de planejamento e a disciplina na execução serão importantíssimos para a maturidade do casal tanto financeira quanto emocional e contribuirão para a solidez do relacionamento. Nesse caminho, qualidades como solidariedade, disciplina, amizade e companheirismo serão manifestadas e reforçadas.

 O comprometimento dos dois para o cultivo dessa sementinha será fundamental porque ninguém casa sozinho, não é?!

Foto: Élcio Paraíso/Bendita – Conteúdo & Imagem
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2 comentários

    • Olá Luciana,

      Fico muito contente que o assunto tenha despertado seu interesse.

      Indivíduos financeiramente conscientes não necessariamente formam casais financeiramente conscientes e por isso é importante o diálogo, a reflexão e o planejamento.

      Espero que encontre mais assuntos de seu interesse no blog.

      Abraço,

      João Luís

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