Você já teve curiosidade em relação ao mercado de ações? Já quis investir nele, participar do que parece ser um investimento emocionante e lucrativo, não? Já quis entender o que significa quando se noticia que os pontos da Ibovespa subiram ou desceram? Se você decidiu investir na bolsa, mas não sabe como ela funciona, não se preocupe. Nós vamos te explicar direitinho como investir na bolsa de valores sendo um iniciante. Você vai descobrir que não é tão complexo como parece e o melhor, não é preciso ser nenhum especialista para começar a investir na bolsa.
Sobe e desce no mercado de ações
O mercado de ações é muito volátil, as pessoas ficam deslumbradas com as (des)valorizações. Por exemplo, a tragédia em Brumadinho resultou em queda dos preços das ações da Vale em cerca de 24% em um único dia. Fato que evidencia como o valor de uma ação pode variar de forma rápida e incisiva.
Essas mudanças na bolsa de valores costumam despertar curiosidade nas pessoas. No entanto, ao mesmo tempo, assustam o cidadão comum, que se sente desconfortável em investir o próprio dinheiro nesse ramo. Não é pra menos, muita gente acha que o mercado de ações é quase uma roleta russa. Na crença popular é comum acreditar que apenas pessoas com alto grau de conhecimento ou com informações privilegiadas conseguem lucrar na bolsa. No entanto, há maneiras de investir seu dinheiro de forma mais segura, sem precisar se estressar e com retorno financeiro mais estável, mesmo em um mercado que é de risco.
As bolsas de valores ao redor do mundo
No geral, cada país possui sua própria bolsa de valores. No caso do Brasil, a bolsa é a B3 (o índice é o Ibovespa), enquanto no Japão tem a “Bolsa de valores de Tóquio”. Entretanto, essa fato não é uma regra, visto que nos Estados Unidos existem duas bolsas, a New York Stock Exchange e a NASDAQ.
Antigamente no Brasil existiam várias bolsas de valores como a BOVMESB (bolsa de valores de Minas Gerais, Espírito Santo e Brasília), a BVJR (bolsa de valores do Rio de Janeiro) e a antiga bolsa de valores de São Paulo, além de outras. Todavia, ao longo do tempo, esses diversos mercados de ações fundiram-se, formando assim uma única empresa, que atualmente é a B3 – fusão de BM&F, Bovespa e Cetip.
Como funciona a bolsa de valores
Agora você deve estar se perguntando: mas como é que eu posso investir na bolsa? Preciso contratar um daqueles agentes que ficam o dia inteiro com dois telefones no ouvido, com aquelas telas gigantes, acompanhando se as ações estão subindo ou descendo? É igual eu vejo nos filmes?
Pessoas que exerciam essa função eram os operadores de mercado. Eles costumavam ficar no pregão, exercendo suas funções enquanto recebiam as ordens de seus clientes para comprar ou vender ações. Contudo, tais profissionais praticamente não existem nos tempos atuais.
Atualmente, com o avanço da tecnologia, essas operações são realizadas pelo Home Broker, que é uma espécie de pregão virtual. Ele funciona na sua própria casa, mais especificamente no seu próprio computador ou smartphone. Para entrar nesse operador basta abrir uma conta em uma corretora online. O que normalmente é grátis e rápido, demorando por volta de 30 minutos.
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Como o Home Broker funciona?
A partir de sua conta na corretora é possível acessar o Home Broker, que é um painel que lista as empresas e suas característica principais. Ainda é possível filtrar essas empresas de acordo com a preferência do usuário. Por exemplo, caso tenha interesse em investir no setor de mineração é possível pesquisar a Vale, por exemplo. Caso o interesse seja por metalúrgicas, pode-se buscar então ações da Usiminas. O usuário ainda é capaz de realizar uma pesquisa apenas para bancos como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, etc.
Dessa maneira, o cliente se torna capaz de monitorar as empresas de acordo com seu interesse. As ordens pode ser definidas como de compra ou venda. Ou seja, a pessoa manifesta o próprio interesse para que a corretora efetue a compra ou venda das próprias ações pelos preços estipulados pelo usuário.
>> Veja também: Toro Investimentos dá dicas para quem está começando no mercado financeiro.
De quem eu compro a ação?
É possível comprar qualquer ação que esteja na bolsa independente de a empresa ter colocado à venda. Esse tipo de negócio é chamado de transação de mercado secundário, o que significa investir na bolsa comprando ação de um terceiro.
Por exemplo, imagine que alguém queira vender uma ação da Vale na bolsa de valores e você queira comprá-la. A transação ocorre através do Home Broker, das corretoras e da B3 unindo duas pessoas físicas independentes. Dessa forma é possível comprar uma ação de uma empresa sem que essa empresa venda pra você. Assim também é possível vender a ação de uma firma sem sua autorização. Em outras palavras, é possível que o Banco do Brasil sequer fique sabendo que eu comprei de você uma ação do próprio banco (BBAS3).
Além desta transação entre duas pessoas físicas ou jurídicas, também é possível investir na bolsa comprando ações direto da empresa quando há abertura de capital. Basicamente, você compra quando a instituição coloca suas próprias ações à venda no mercado. Um exemplo atual dessa situação foi o Banco Inter que, no ano passado, abriu capital aos acionistas quando foi possível ir ao leilão para comprar ações da Família Menin, os donos do banco.
Acionistas podem decidir pela empresa?
Afinal de contas, decisões só podem ser tomadas por quem tem mais de 50% das ações? Geralmente, o controle de decisão não é colocado em risco quando o capital é aberto. No exemplo do Banco Inter, a Família Menin não deixou de ter controle do banco, eles continuam determinando os rumos da empresa mesmo com outros acionistas. A venda de ações significa apenas levantar capital como uma maneira de financiar as atividades da empresa.
Qual o melhor investimento para um iniciante na Bolsa?
Para aqueles que estão interessados a começar em investir na bolsa de valores, os melhores investimentos são aqueles de menor risco. E, nesta linha é que é possível investir em dividendos na bolsa. Mas afinal, o que que são dividendos de ações?
Dividendos são os “filhotinhos” que as ações geram de tempos em tempos, ou seja, as empresas distribuem uma parte dos lucros que elas geram para os acionistas. Por exemplo, uma firma qualquer gerou R$100 milhões de lucro, no entanto não tem um destino certo para esse dinheiro. Sendo assim, a instituição resolve retornar uma parte desse dinheiro aos acionistas, devolvendo o montante para quem aplicou em ações da empresa. Dessa forma, o acionista receberia R$1,00 por ação que detém (valor hipotético), multiplicando assim essa quantia de acordo com a quantidade de ações que possui.
Lembre-se que existem diferentes tipos de ação, de acordo com sua categoria. Dessa forma, o valor a ser retribuído ao acionista em dividendos ou juros sobre o capital próprio (uma variante dos dividendos) pode variar. Exemplo disso é o caso de ação ordinária e preferencial, em que uma classe de ações pode ter um retorno maior ao acionista do que a outra.
Quantas ações posso comprar?
É possível que você tenha tantas ações quanto puder comprar. Existem investidores que têm interesse em poucas firmas que sejam sólidas e estáveis do ramo tradicional. Por isso, acabam acumulando ações dessas poucas instituições. Se seu objetivo não for a valorização do papel, mas sim essa distribuição dos lucros, essa estratégia é conhecida como investir em dividendos.
As empresas mais adequadas para investir em dividendos são aquelas com alto fluxo de caixa e com uma infraestrutura bem instalada, baixo endividamento e pouca necessidade de caixa para investimentos (como seguradoras, metalúrgicas, empresas de energia elétrica, etc). Por serem empresas com faturamento mais estável e previsível, são chamadas de vacas leiteiras.
Conforme você acumula ações de uma determinada firma, pode se tornar um investidor relevante, adquirindo o direito de participar da “assembleia de acionistas”. Nessas assembleias o investidor relevante tem o direito de expressar a própria opinião sobre os rumos da empresa. No entanto é importante lembrar que a tomada de decisão ainda está restrita aos sócios.
Como saber se eu vou perder ou ganhar dinheiro?
Apesar desses investimentos em renda variável trazerem a perspectiva de um bom retorno, é importante ficar atento à possibilidade prejuízo. A aplicação financeira em renda variável visando apenas o aumento do preço da ação pode ser como uma montanha russa. Existem efeitos externos que impactam no valor da ação e do seu investimento, sem que, necessariamente, a empresa apresente perdas ou mudanças consideráveis em suas finanças.
A desvalorização da ação é o risco do investimento de renda variável, por isso o investimento em dividendos é o mais recomendável por ser o menos arriscado na área de bolsa de valores. Empresas alvo para investir em dividendos, como bancos, empresas de energia elétrica e instituições de saneamento básico costumam ser firmas estáveis com grande fluxo de caixa. Mesmo que o valor oscile e haja perda nominal do valor da ação, os dividendos continuarão “pingando” na sua conta.
Há casos de empresas que rendem até 10% sobre o investimento, o que já é maior do que o atual da taxa SELIC que está retornando, em média, 6,5 %. Entretanto, fique atento, pois dividendos não são investimentos tão seguros como aqueles em renda fixa. Neste último caso, os juros são fixos, já no caso da estratégia de dividendos há, por menor que seja, risco de redução na distribuição de resultados, o que afetaria o retorno do seu investimento.
Investindo em dividendos, que preocupação devo ter com o preço da ação?
Bem menor do que quando se investe em ações como trader, buscando meramente a valorização no preço das ações. Na estratégia de investir em dividendos, importa mais o preço que você pagou e os lucros que vai receber. Se amanhã a ação vale mais ou menos do que você pagou e isto não mudar seus dividendos, a (des)valorização não te interessa tanto. No limite, só interessaria se você precisasse se desfazer da ação, o que é de certa forma incompatível com o desenho desta estratégia de investimentos. O investimento em dividendos tende a ser uma tática de investimentos mais de médio e longo prazos.
Mas como escolher estas ações?
Geralmente esta escolha é feita por especialistas, analistas de investimentos que acompanham os balanços das empresas listadas na Bolsa e assim conseguem avaliar sua estabilidade de geração de caixa e capacidade de distribuir grande parte destes lucros. É possível obter relatórios e recomendações destas empresas de todo tipo, gratuitas e pagas, de empresas como por exemplo Monetus, XP Investimentos, Toro, Empiricus e Nord Research.
Quanto é necessário para investir na bolsa?
Para investir em ações não é necessário ter muito dinheiro. No entanto, não é aconselhável investir em renda variável como a primeira forma de aplicação. Importante que antes de aplicar em ações, você tenha uma reserva equivalente a entre 6 e 12 meses de salário.
Depois, quando você tiver um patrimônio consolidado em renda fixa, investir na bolsa passa a ser interessante. Mas cuidado, a bolsa de valores é arriscada, portanto, para iniciantes o investimento mais recomendado são os dividendos.
Qual o momento ideal para começar a aplicar na renda variável?
O ideal é comprar a ação quando sua valorização está baixa e vendê-la quando estiver em alta. No entanto, o ser humano nem sempre é racional.
Como já discutimos antes no blog, existem gatilhos que impulsionam a ação humana de forma irracional. No mercado isso é visto como um efeito de retrovisor. Armadilha comum é o aplicador buscar o histórico do investimento para determinar se deve ou não investir naquele produto. Isso porque apenas verificar se a ação está em alta ou em baixa não significa que futuramente isso se repetirá. Aliás, um investimento que estava em baixa pode subir e aumentar o ativo, assim como pode acontecer o contrário. Mal comparando poderíamos dizer que é como uma pessoa dirigir olhando apenas no retrovisor.
Cuidado com as pegadinhas na hora de investir na bolsa!
Por conta desse pensamento trivial muitas pessoas perdem dinheiro com renda variável. A bolsa bateu 100.000 pontos, mas isso não significa que investindo agora o rendimento será o mesmo dos últimos meses. No entanto, muitos arriscam suas rendas por influência de amigos ou familiares que lucraram com ações recentemente. Quem é que não conhece alguém que diz por aí que ficou rico ao investir na bolsa? Aquele cunhado ou primo que te encontra nas festas de família e diz que você está perdendo dinheiro? Cuidado pra não deixar a experiência dessas pessoas gerar prejuízo no seu bolso, ok? Por isso o mais aconselhável é o investimento em dividendos para iniciar a carteira. Dessa forma, mesmo que a ação se desvalorize, as perdas não serão significantes, ou podem ser temporárias. Enquanto isto dividendos continuam pingando ou jorrando no caso das vacas leiteiras.
Outro comportamento típico e questionável é o medo de comprar na baixa, simplesmente porque o pessimismo se alastrou. Seria como não comprar um produto que está na liquidação! Isso não parece muito esperto, não é mesmo?
Seja cuidadoso com a euforia em relação à bolsa. Com a taxa Selic baixa e o rendimento ruim da renda fixa, os investidores comuns aplicam em ações sem ter o preparo correto de como devem investir nesse ramo. Decisões como essas podem gerar perdas consideráveis de seus capitais.
Seja cuidadoso para investir na bolsa
Agora você já está capacitado para iniciar sua “aventura na selva da bolsa de valores”. No entanto, lembre-se : NÃO ENTRE EM EUFORIA. Seja cauteloso e comece a investir na bolsa apenas se possuir uma boa reserva financeira. Não tente aplicar em nada arriscado, procure investir em dividendos de empresas consolidadas. Caso você esteja atrás de investimentos mais seguros, consulte nosso simulador de investimento. Por lá você vai encontrar as melhores sugestões de investimento, de acordo com o seu perfil investidor. Lembre-se ainda de não colocar seu dinheiro só pelo histórico ou porque conheceu alguém que lucrou antes com aquela ação. Senão você pode acabar preocupado, se perguntando onde é que foi parar o seu dinheiro que estava investido naquelas ações! No mais, boa sorte com seus futuros investimentos e qualquer dúvida basta nos contatar nos comentários abaixo.
Sou trader e opero na Bolsa de Valores! Muito legal o post. Fiz o curso do THTRADER e por ele pude começar a ter ganhos consistentes no mercado. Quem quiser conhecer, indico!
Obrigado por compartilhar Leonardo
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Olá tudo bem, adorei o blog, muito grato pelos esclarecimentos, to acompanhando o conteudo aqui. Parabéns grande abraço.
Muito obrigado. Que bom que você gostou!
Fique à vontade para nos indicar e sugerir novos temas para post.
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Um dos que mais gosto de usar, tanto para acompanhar o mercado de ações, quanto para fazer comparações de produtos de renda fixa e etc, é o TradeMap: dê uma olhada dps 🙂
Valeu Fernando.
Fica a dica aí pros nossos leitores.
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